Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

querotrazerapoesiaparaarua

Basta!

Estamos fartos de servir

Quem não serve os nossos interesses

Estamos cansados de sustentar

Os esquemas corruptos de uma Banca

Que sustém sempre os mesmos

Basta!

Estamos fartos de acreditar

Em Planos de Recuperação, Concertação

Que deixam o nosso país de rastos

Obrigam os nossos filhos a procurar trabalho

Além fronteiras

E inviabilizam a educação

Dos que se querem construir

Basta!

Estamos fartos de ver

O Desemprego a crescer

A taxa de depressões e suicídio a aumentar

Os rostos tristes e desiludidos dos mais velhos

A angústia das mães e dos pais do nosso povo

Basta!

Estamos fartos de ser iludidos

Rebaixados na nossa autonomia

Vendidos a retalho

Num mercado que nos suga

Basta!

Queremos as nossas vidas de volta

Queremos ser novamente

Um Portugal íntegro e livre

02-03-2013

Ana Wiesenberger

4 comentários

A. 13.07.2013

Se quer mesmo levar Poesia até à rua, vai ter de melhorar muito!... Este seu "poema", o grito é visível, mas não se vislumbra a poesia, nem da boa nem da má. É um grito de revolta, repetido vezes sem conta, desprezado outras tantas vezes e direto a uma realidade inexistente. Quando se grita, devemos ter a certeza das razões porque gritamos, depois chegamos à revolta, se compreendermos a razão do grito; chegados aqui, ou nos revoltamos contra quem servimos e de nós se tem servido ou... revoltamo-nos contra nós mesmos por nunca nos termos importado com os termos em que de nós se serviram, por nosso consentimento irresponsável, já que o futuro nunca fora tido em conta. Em 37 anos ninguém se importou com os dias de hoje e os dias desses 37 anos cheios de esperança nos momentos imediatos, de folia, de puro gozo facilitado por aqueles que nos foram roubando a dignidade. Porque, a dignidade que nos roubaram, pior do que ter sido roubada, foi-se perdendo por nós , entre os pingos de euros que choviam do "céu". Como era de esperar, nem sempre chove e há anos de muita seca, fome e miséria e, chegados que estamos ao pressentimento do inferno, o inferno está muito próximo de, não só reduzir a cinzas a pouca esperança que nos resta, como globalizar a promoção de um caos total. Então, minha cara amiga, vai ver quem manda, verá quem são os donos do dinheiro, do ouro, dos diamantes, do petróleo, dos bancos, das empresas de rating, das instituições de caridade, da indústria farmacêutica e saúde, da Comunicação Social, moda entretenimento e a hegemonia do Cinema do qual se serve para ditar a opinião pública!... Verá, se for viva para contar a história, quem são os donos da guerra e da Liberdade!...
Sabe, isto que escrevi não é poesia, é a crueza da verdade em caímos e do folclore que nos entretém.
Sabe ainda mais, às tantas, a Ana, logo pela noitinha, vai para o Optimus alive, pega nos seus euros portugueses e entrega-os, ou já os entregou, aos insuspeitos do costume e nunca mais Portugal os vê, porque foram depositados num paraíso fiscal blindado em paragens desconhecidas!... Sabe quantos concertos de bandas e cantores a solo estrangeiros são efectuados em Portugal durante um ano?... São milhares de concertos e milhões e milhões de euros que nos levam para fora do País e nunca mais voltam a entrar como retorno ou investimento. Isso significa a circulação inexistente de milhões de euros em Portugal. Agora, faça o seguinte, vá à wikipedia e procure informações sobre cada membro das bandas ou sobre cada artista desses que actuam em Portugal e todo o Ocidente. Acredite que se surpreenderá com o que há de comum em 80% dos "convidados" impostos por uma máquina quase perfeita de "extorsão" de dinheiro. Sabe que esta máquina está em aperfeiçoamento desde antes de Cristo, mas pode dizer-se que Jesus Cristo marca a revelação do que se passaria desde então, até ao que está a acontecer hoje, com claras tendências para piorar amanhã!...
Não há dinheiro nos bolsos dos Portugueses, Ana... mas ainda resta muito dinheiro em Portugal, noutros bolsos indecisos entre o investimento na dizimação dos improdutivos e a compra da salvação!...
Se é que me entende!...

Abraço
JuliaML 14.07.2013

Nao considero que esse texto seja poesia. Poesia não é apenas mudar de linha e pronto, tem-se um verso, mas valeu pelas palavras e pela ideia
Ana Wiesenberger 16.07.2013

Amiga, não sei, se o seu comentário se cinge apenas à leitura deste poema, mas muito convictamente, parece-me que sim. Quando o desejar, se o desejar, conhecer melhor a minha poesia para a poder criticar com mais acuidade, recomendo-lhe um passeio pelo blogue.
Um abraço
Ana Wiesenberger
Ana Wiesenberger 16.07.2013

Compreendo muito bem a sua revolta, que aliás, partilho. Fico feliz por visitarem o meu blogue, que não acarreta custos nenhuns, quanto muito, alguns minutos do tempo precioso de cada um. Os meus livros, só compra, quem quer.
Amiga, eu não sou frequentadora de festivais; deixo isso para os mais novos.
Um abraço
Ana Wiesenberger