A Angústia é a Lepra
A angústia é a lepra
Que alastra nos nós dos dias
Que transforma as minhas horas
Em borbotões de dor
Incapacidade de estar
Só
Com os outros
Moinho de pás de coveiro
A aliciar-me para precipícios fatais
Nas areias movediças em que o meu querer
Agonia
Num Requiem silencioso
A gotejar sangue e lágrimas
Que ninguém vê
Nas súplicas dos meus olhos lassos
Vazios de horizonte
Ana Wiesenberger
26-07-2013
Imagem - Edvard Munch