Os Gansos Selvagens
Os gansos selvagens atravessam o céu sobre a minha cabeça muda
E enlouquecem em mim desejos absurdos
Asas embandeiradas ao vento da liberdade
Grito finalmente solto da minha garganta-bico
Na insolência bela de quem decide
Onde o cansaço o fará viver o sono apetecido
Que com ou sem sonhos lhe abrirá no peito
A vontade de prosseguir a viagem
Entretanto o meu olhar estremece à memória dos versos dele
Triste de quem vive em casa
Contente com o seu lar
Ana Wiesenberger
14-10-2016
Imagem – Andrea Kowch