A ausência da pátria

A ausência da pátria
Na nudez dos afectos
Devorava-lhe os dias
Mas, quando chegava a noite
Libertava-se das correntes
E voava para longe
Com os gansos selvagens
A cortar a escuridão
Com o seu grito
Ana Wiesenberger
15-05-2017
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A ausência da pátria
Na nudez dos afectos
Devorava-lhe os dias
Mas, quando chegava a noite
Libertava-se das correntes
E voava para longe
Com os gansos selvagens
A cortar a escuridão
Com o seu grito
Ana Wiesenberger
15-05-2017

As mães são fadas
Que voam em torno de nós
Como luzes mágicas
Para afastar a escuridão
Das nossas vidas
As mães são abelhas incansáveis
Que nos alimentam os dias
Que nos vestem de coragem
Que nos embalam os medos
Que nos ajudam a definir trilhos
Que têm o condão de quase sempre saber
Onde nos dói, porque nos dói
E a loucura de querer encontrar
O bálsamo para todos os nossos males
As mães não nasceram mães
Não puderam aprender em lado nenhum
A serem mães
As mães são humanas investidas pela magia do amor
Que as transforma em fadas
Mas nem as fadas alcançam a perfeição
Todas fazem erros e sofrem por errar
A falta de formação ou o cansaço fá-las, por vezes, baralhar
Quando caem em si e reconhecem o desacerto
Lançam-se de novo a inventar estratagemas
Redes de segurança para nunca mais
Nos deixar cair ou magoar
E continuam em torno de nós a voar
Com as asas já amarelecidas pelos anos
Todavia, dispostas para a sua missão continuar
E ficam tristes e desiludidas
Se de nós as queremos apartar
Nem que seja para as agruras das horas, delas poupar
As mães são fadas
Que iluminam a nossa existência
Com o calor do sol que a vida gera e sustém
Com o calor do fogo que nos define enquanto gente
Que conjuram a escuridão para longe de nós
Ana Wiesenberger
07-05-2017
Imagem - Auguste Renoir
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